A Lua rege a
segunda-feira!
E como canta Ovídio em
seu Fasti:
Atenas a Palas; Creta, a
Diana implora.
A ilha de Lemnos, a
Vulcano adora.
A Lua é chamada de Febe,
Diana, Lucina, Prosérpina, Hecate, menstruada, meia forma, a que traz luz à noite,
vagante, silenciosa, a que tem dois chifres, preservadora, andarilha noturna, portadora
dos chifres, rainha do céu, a principal divindade, a primeira dos deuses e
deusas celestes, rainha dos espíritos, mestra de todos os elementos, aquela a
quem os astros respondem, retorno das estações, servida pelos elementos; ao
assentimento, os relâmpagos se projetam, as sementes germinam, as plantas crescem;
ela é a mãe inicial dos frutos, a irmã de Febo, luz e brilho, portadora de luz
de um planeta a outro, iluminadora de todos os poderes com sua luz; ela
restringe as várias passagens dos astros, distribui luzes pelos circuitos do Sol,
é senhora de grande beleza, senhora da chuva e das águas, doadora de riquezas, enfermeira
da humanidade, governadora de todos os estados, gentil, misericordiosa,
protetora dos homens em mar e em terra, mitigadora de todas as tempestades da
fortuna, dispensadora do destino, a que alimenta todas as coisas que crescem na
Terra, a que vagueia pelas florestas, aplaca a ira dos fantasmas, fecha as
aberturas da Terra; distribui a luz do céu, os laudos rios dos mares e o
deplorável silêncio dos infernos com seu assentimento; governa o mundo,
pisoteia o inferno; de sua majestade, os pássaros em voo têm medo, os animais
selvagens se refugiam dela nas montanhas, as serpentes se escondem do Sol, os
peixes mergulham nas profundezas do mar.