Conheça Éris (Deusa da Discórdia) e o Mistério do Número 23!
Vai uma maçã?
Obs: Muitos conhecem os nomes das divindades gregas, mas
ignoram suas contrapartes romanas gerada por sincretismo. Para aqueles que não
sabem: Afrodite grega corresponde a Vênus romana, Deusas do Amor. Hera, esposa
de Zeus, corresponde a Juno. Athena, Deusa estratégica e inteligente da Guerra,
corresponde a Minerva. Hermes a Mercúrio. Júpiter a Zeus. Cupido a Eros. Vamos
lá então:
A Discórdia não havia sido convidada para o casamento de
Tétis e Peleu, pais do grande herói Aquiles.
"Quem, aquela víbora da Discórdia?", dissera
Tétis, ao ser sugerido o nome da desagradável divindade para integrar a lista
dos convidados. "Nem morta esta praga colocará os pés na minha
festa!", esbravejara a mais bela das nereidas a Júpiter.
Vênus, Minerva e Juno conversavam alegremente no
casamento trocando elogios de como cada uma delas estavam deslumbrantemente
lindas e maravilhosas em seus vestidos de festa.
Enquanto essa encantadora troca de elogios prosseguia,
algo de estranho, ocorria sobre as cabeças das Deusas. Uma grande sombra
ocultara o sol, tornando a atmosfera gélida e opressiva.
Sim, pairando acima das três amigas, lá estava a terrível
Deusa Discórdia, tornada invisível por suas artes mágicas. Os dois cavalos
(presente que Netuno, o Deus dos mares, havia ofertado ao casal que se casava),
no entanto, podiam vê-la perfeitamente, com os emaranhados cabelos de serpente
presos por uma tiara ensanguentada encobrindo seu olhar desvairado. Ao mesmo
tempo, de sua boca escorria uma espuma abundante que ela limpava a intervalos
com as mãos de unhas tintas de sangue.
Discórdia acima das nuvens dizia:
— Ora vejam, que detestáveis hipócritas... — grunhiu a
repulsiva criatura, fazendo esgares de ódio que excediam em horror aos da
temível Górgona. — Quem ouve pensa que são as menos vaidosas das criaturas!
....
— Não, não, queridas! — teimava Vênus — Vocês estão
absolutamente imbatíveis!
— Argh, puáá! — fez a abominável Deusa, cuspindo para
baixo uma baba vermelha e espessa. — Vamos acabar já com este fingimento todo.
Imediatamente a Discórdia, sedenta por uma disputa, sacou
de suas vestes uma maçã dourada que reluziu em suas mãos. Com a mais afiada de
suas unhas inscreveu, então, no fruto, a seguinte frase: À mais bela!
— Muito bem, agora veremos até onde irão as tais
cortesias — disse, perfidamente, largando o fruto descuidadamente no meio das
Deusas.
Vênus, Juno e Minerva ainda estavam trocando animados
elogios, sentadas cada qual em um balanço de flores, quando a primeira escutou
um ruído aos seus pés. Tum-tum-tum-tum.
— O que é isto...? — disse a Deusa do amor, atraída pelo
ruído fofo do pomo rolando na relva.
Juno ergueu seus olhos e viu o fruto faiscar nas mãos de
Vênus.
— Que maravilha é esta que aí tens? — disse a esposa de
Júpiter. Mas Vênus estava inteiramente absorta na contemplação do esplêndido
fruto.
Minerva, por sua vez, deu um pulo de seu balanço e também
foi ver mais de perto o que era aquilo que tanto brilhava.
— Uma maçã de ouro! — exclamou, aproximando o rosto.
— Esperem, há algo escrito nela — disse Vênus, girando o
fruto na mão. Um brilho intenso banhou o rosto das duas.
— A mais bela! — gritaram as três, enlevadas. Durante
alguns minutos estiveram mergulhadas num estupor, até que Minerva finalmente
quebrou o silêncio:
— Mas... de onde veio isto, afinal? As três perscrutaram
tudo ao redor, mas sem poder divisar ninguém, a não ser os dois cavalos, que de
longe as observavam com as orelhas em pé. Quando Vênus baixou os olhos de
volta, entretanto, só encontrou um vazio entre os dedos, pois Juno já havia se
apoderado avidamente do fruto.
— A mais bela...! — repetia ela, como que enfeitiçada.
— Sim, mas não traz o nome da eleita? — disse Minerva.
— Ora, querida, e precisa? — disse Vênus.
— Claro que não — disse Juno apoderando-se vivamente da
joia. — Está claro que foi endereçada a mim.
Vênus e Minerva num primeiro momento, perderam a voz,
enquanto Juno esfregava em suas vestes o fruto, parecendo prestes a dar-lhe uma
dentada.
— Só um momento, meu amor — disse Vênus, raptando o pomo
das mãos de Juno. — Quem tiver o bom senso de procurar direito o nome da
homenageada irá logo descobrir que só pode ter sido enviado a mim.
As três então se reuniram avidamente em torno do pomo,
tentando divisar cada qual o seu nome.
Enquanto a disputa prosseguia, a perversa Discórdia
esfregava ao alto as suas grandes mãos, cheia de satisfação.
A disputa se acendera definitivamente. Os olhos das três
agora despediam chispas de puro ódio enquanto o pomo passava de mão em mão a
cada descuido, o que só servia para inflamar ainda mais os ânimos.
E assim transcorreu o restante da festa, num clima de
rancor indisfarçado. O fel já havia sido deitado na taça do hidromel e agora só
restava todos regressarem desconsolados para suas casas. Quanto às Deusas, teve
início naquele dia uma desavença que se estendeu por vários anos, até que um
dia Júpiter resolveu pôr um fim à amarga querela.
— Mercúrio, venha cá! — disse o Deus supremo a seu filho
dileto.
— Pois não, meu pai — respondeu o jovem dos pés ligeiros.
— É chegada a hora de pormos um fim nesta briga insensata
que até hoje só nos trouxe desgostos.
— O senhor refere-se à disputa pelo pomo dourado? — disse
Mercúrio.
— Exatamente — disse Júpiter. — Quero que você conduza as
três pretendentes até o alto do monte Ida para que Páris, filho de Príamo,
decida de uma vez a quem pertence este berloque maldito.
Juno oferece a Páris torná-lo soberano de toda a Ásia e o
homem mais rico do mundo.
Minerva oferece a Páris que ele deixe de ser pastor de
vacas ou carneiros, mas dos mais bravos soldados que jamais um governante guiou
nesse mundo.
Vênus oferece a Páris um amor que excederá a qualquer
outro que homem algum jamais aspirou.
— Ora, meu tolo efebo, estou falando da bela Helena, a
mulher mais cobiçada de toda a Hélade! — disse a Deusa, triunfante. — Se me der
o pomo, farei com que ela se renda totalmente aos seus encantos. Você será,
assim, o homem mais feliz a pisar sobre a Terra e invejado mesmo pelos Deuses!
Mal sabia, contudo, o jovem pastor, que Cupido, o filho
de Vênus, estivera o tempo todo oculto atrás de uma árvore e que, a um sinal de
sua mãe, havia acertado uma de suas flechas certeiras bem no seu coração.
— Mas ela é casada... — disse Páris, agoniado. — Como
poderei esperar que ela deixe esposo, reino e súditos para ficar comigo, um
pobre e ignaro pastor?
— Nada temas, meu tolo — disse Vênus com o mais sedutor
de seus sorrisos. — Não é a própria Deusa do amor quem se propõe a ser a
fiadora e garantia do seu amor?
Páris, então, completamente rendido às razões da Deusa,
outorgou-lhe finalmente o prêmio do pomo dourado. Mal sabia, porém, que com
isto iria acender a ira das outras duas Deusas, Juno e Minerva, e que sua
funesta paixão pela bela Helena seria o estopim da mais terrível guerra que a
Antiguidade conheceria. Falo da Guerra de Tróia!
O “Enigma 23? como é conhecido se refere à crença de que
todos acidentes e incidentes no mundo esteja de alguma forma, direta ou
indiretamente ligados ao número 23 que por tal motivo é considerado um número
sagrado para todos os discordianos.
William S. Burroughs colecionou em seus cadernos de
rascunho muitas circunstâncias envolvendo este número que mais tarde serviram
de matéria-prima para suas obras.
23 é um número primo.
Os seis primeiros dígitos de Pi (3,14159) somados
resultam em 23.
Jack Shepard, personagem do seriado Lost estava sentado
na poltrona 23 do avião. 4 8 15 16 23 42
A primeira transmissão em código Morse utilizou uma
passagem bíblica: Números 23:23
A marcha do sal de Gandhi durou 23 dias.
Os cavaleiros templários desde a sua fundação até o seu
fim, tiveram 23 Grandes Mestres.
William Shakespeare nasceu dia 23 de Abril de 1564 e
morreu em 23 de abril de 1616.
Julio Cesar foi apunhalado 23 vezes quando assassinado.
De acordo com Flavius Josephus, historiados judeu, Adão e
Eva tiveram 23 filhos.
“Her Majesty” tecnicamente a última música de um disco
Beatle e também a mais curta, têm exatamente, 23 segundos de duração.
Dia 23 de Dezembro de 2012 foi a data para o apocalipse
Maia.
W é a 23ª letra do alfabeto latino, têm duas pontas para
baixo e três para cima.
Em um teclado (QWERTY...) comum o W está logo abaixo e
entre os números 2 e 3.
O calendário Egípcio e Sumério possuem o ano-novo no dia
23 de julho.
Taiwan é considerada pela China a 23ª província. Produtos
de Taiwan são encontrados em todo lugar.
Em “Matrix Reload”, o Arquiteto pede a Neo que escolha 23
indivíduos para reconstruir Zion – 16 fêmeas e 7 homens.
Em “O Grande Lebowski” eles sempre jogam boliche na pista
23.
As células somáticas dos humanos têm 23 pares de
cromossomos.
Um dia sideral possui 23 horas, 56 minutos e 4,091
segundos.
Em “A Paixão de Cristo”, Jesus é açoitado 23 vezes antes
de Satã ser visto na multidão.
O eixo da Terra está inclinado em um ângulo de 23°.
William Shakespeare nasceu e morreu em 23 de Abril.
23!
Babalon, Deusa da Luxúria thelêmica tem o número
cabalístico 156. |2-3|=1. 2+3=5. 2x3=6. Ou seja, cabalisticamente, 23 (Éris –
Discórdia) = 156 (Babalon)!
“Heráclito, chama a guerra de pai, rei e senhor de todas
as coisas; e diz que Homero, quando rogou pela primeira vez, - Que a discórdia
seja amaldiçoada pelos deuses e pela raça humana...‖ [Ilíada 18.107], não
pensava que estivesse amaldiçoando a origem de todas as coisas, o surgimento
delas sendo devido à aversão e a querelas (Plutarco, Ísis e Osíris, 48
[Goodwin, 4:108]).”
Vai uma maçã?
Texto: (Bruxaria Sem Dogmas)
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