Conheça a história de Acteão, o desafortunado homem que viu o corpo desnudo da Deusa Diana pela primeira vez e foi por isso punido com a morte pela Deusa!
Diana, entre outros atributos, é A Deusa da caça e líder
das ninfas. Ninfas são espíritos naturais femininos (daemons).
Acteão, filho do rei Cadmo, era um dos melhores caçadores
que existiu. Certa vez Acteão quis se banhar para limpar o sangue das caças de
seu corpo. Diante da fonte de água, Acteão vislumbra Diana e suas ninfas se
banhando.
Diana pedira às suas ninfas para vigiar para que nenhum
homem a visse se banhando. Ela não suportava a ideia de algum homem a espionar.
Acteão se deparou com aquela cena, as ninfas e a própria Diana se banhando.
Nunca homem algum vira o corpo desnudo da Deusa Diana. As ninfas viram o espião
e correram para tapar o corpo desnudo da Deusa.
Apesar de fugir de qualquer olhar masculino, Diana sempre
tivera curiosidade em imaginar como seria este dia, afinal — o dia em que seu
corpo seria revelado a um homem mais indiscreto e audacioso.
— É uma honra para mim, Deusa misteriosa, ser o primeiro
a contemplar seu adorável corpo — disse Acteão, tentando lisonjear a vaidade
feminina e escapar ao seu rigor punitivo.
— Olhe bem, senhor caçador, porque será a última coisa
que verá nesta vida — disse Diana, com um olhar implacável de quem sabe que o
ultraje será punido sem piedade, e reassumindo seu ar naturalmente virtuoso e
implacável. Juntou, então, água nas mãos e lançou-a às faces de Acteão,
dizendo:
— Pode ir agora! Vá e conte a seus amigos que viu Diana
sem as suas vestes!
Tão logo a Deusa terminou de proferir essas palavras e
Acteão sentiu que de sua testa começou a brotar algo parecido com um caroço.
Dos dois lados brotavam dois enormes chifres galhados, enquanto seus olhos
aumentavam de tamanho, bem como seu nariz, que de estreito e bem formado
passara ao formato inestético do focinho de um alce. Quando passou as mãos no
rosto para ver o que acontecia, sentiu que não mais dedos, mas cascos ásperos
deslizavam sobre sua face, que se recobrira de um pelo espesso. Em seguida caiu
ao chão, de quatro!
"Meu Deus, o que está acontecendo comigo?",
pensou, mas ao tentar expressar esse pensamento em palavras, viu que de sua
boca somente saía um rouco desafinado e incompreensível.
Assustado, Acteão deu as costas às mulheres e se meteu
pelo bosque, decidido a procurar a ajuda dos amigos. Nem bem enxergou o mais
fiel deles, sentado sob a sombra de uma árvore, gritou para ele:
— Filon, aqui! Ajude-me!
No entanto, tudo o que seu amigo escutou foi o mugido de
um magnífico alce, que, parado à sua frente, parecia pedir para ser caçado.
— Rapazes, vamos lá! Aqui neste bosque abençoado a caça
vem ao nosso encontro em vez de precisarmos correr atrás dela!
No mesmo instante, os cães prediletos de Acteão foram
açulados pela companhia inteira. Uma gritaria misturada aos latidos levantou-se
por todo o bosque. Acteão, sentindo que a presa agora era ele, tentou ainda
estabelecer contato com seus cães. Eles o iriam reconhecer, assim pensava. Uma
dentada de seu cão predileto logo o tirou, contudo, desta ilusão. Conseguindo
se desvencilhar das presas, que haviam entrado fundo em sua perna direita,
Acteão lançou-se para dentro da mata numa corrida desesperada. Pela primeira
vez o melhor dos caçadores estava do outro lado da caçada.
Enquanto fugia, escutava ironicamente as vozes de seus
amigos, que o chamavam para juntar-se à caçada!
— Vamos, Acteão, onde você se meteu? — bradava um, mais
animado.
— Será o seu maior troféu! — exclamava outro,
inconformado por não tê-lo junto na caçada que prometia o maior dos prêmios.
Acteão, a cada chamado, tentava responder, mas seu grito
desconexo somente servia para delatar a sua presença aos demais caçadores.
— Vamos, ele foi por ali, posso ouvir o seu grito!
Depois de escalar pequenos morros e meter-se por
gargantas e vales, Acteão, exaurido, foi finalmente alcançado por um dos seus
cães, que pulou direto em seu pescoço; outro ferrou as presas em seu focinho,
impedindo-lhe a respiração e provocando uma dor lancinante. Logo seu corpo
estava entregue à fúria dos cães, que o retalhavam com suas presas
dilacerantes. Antes de morrer, viu chegarem seus companheiros de caçada, que
exultavam com o resultado, ao mesmo tempo em que lamentavam a ausência do seu
líder:
— Sinto muito, Acteão, mas desta vez você não terá do que
se vangloriar -disse um dos companheiros, com um sorriso, enquanto Acteão não
surgia para aplaudir a sua vitória.
Acteão, o grande caçador, se tornara caça e agora está morto!
Texto: Bruxaria Sem Dogmas.
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caraca, pesado o que aconteceu com acteão. essa deusa diana, não é nem um pouco benevolente, não simpatizei com ela😢
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