Bruxaria Sem Dogmas: Morrigan e o Ritual Esmeralda Estrela Irlandês

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Morrigan e o Ritual Esmeralda Estrela Irlandês

Morrigan ou Morigu



Patrona das sacerdotisas e bruxas. Deusa celta da guerra, seu nome significa “Grande Rainha”. As três irmãs formam a triplicidade celta da guerra, Morrigan, Macha, Badb, conhecidas como Morrighans ou Fúrias.



Geralmente sendo retratada alta, magra, cabelos negros e longos que servem de capa, olhos negros, pele branca e músculos bem delineados. Assume a forma de um corvo também. Assim como lobo e anciã.


Deusa da Morte, Amor e Guerra. Deusa invocada antes das batalhas e Deusa do destino. Os guerreiros celtas ao sentir sua presença davam o máximo de si, pois depreciavam a morte. Para os celtas a morte não era algo a se temer.


Na batalha seu grito equivalia a dez mil homens, carregava duas lanças de pura prata nas mãos.


Durante a Primeira Batalha de Moytura, Morríghan, Macha e Badb, "As filhas de Ernmas", atacam os Fir Bolg com banhos de magia e nuvens tempestuosas e névoa, e poderosas chuvas de fogo, e uma jato de sangue derramado do ar sobre as cabeças dos guerreiros inimigos. Ao assistir a fúria com que a guerra era travada, o bardo dos Fir Bolg diz que Badb, que significa corvo "ficará grata" pelos "corpos perfurados" deixados no campo de batalha. Na véspera da Segunda Batalha de Moytura, também o rei líder dos Tuatha De Danann, Dagda, encontra Morrigan no vau do rio Unshin, lavando as armas ensanguentadas e os cadáveres dos que viriam a tombar no dia seguinte.


A Deusa então dá a Dagda informações sobre o combate, revelando seus dons proféticos. Igualmente, dá provas de coragem e poder quando afirma que ela mesma arrancará o coração do seu inimigo. Em pagamento, Dagda sacia seu apetite sexual, unindo-se a ela ali mesmo, em meio aos cadáveres que morreram.


A união entre uma deusa "sombria" com Dagda, deus que traz vida e fartura, é a perfeita imagem do equilíbrio - especialmente por ocorrer no entremeio de água e terra (o vau), dia e noite (crepúsculo), ano velho e novo (Samhain). Nesse momento, Morrigan representa a Soberania da terra, e Dagda o legítimo líder que a desposa. Dessa união surge a vitória dos Tuatha Dé Danann.

Dagda: 



Morrigan tinha o poder de cegar os inimigos ao lançar uma névoa densa no campo de batalha. Ela é também conhecedora das ervas que curam e matam.


As irmãs de Morrigan:

Fea (a Odiosa), Nemon (a Venenosa), Badh (a Fúria) e Macha.
Nemon e Fea eram ambas esposas de Nuada da Mão de Prata, um dos reis dos Tuatha Dé Danann (Povo da Deusa Danu) que em combate com Sreng dos Fir Bolgs (antigos habitantes da Irlanda e tribo aliada dos Fomorianos) teve a mão decepada e depois substituída por uma mão de prata feita através das incríveis habilidades de Diancecht (Deus gaélico da medicina) até ser restituída por Miach e Airmid (filhos de Diancecht).


Macha regia os pilares nos quais eram empaladas as cabeças dos guerreiros mortos em combate para qual eram feitos pelos celtas o culto da cabeça na ideia de ser assim capaz de capturar o espírito dos inimigos. Macha vivia a cantar nos campos de batalha, com uma voz bela e magnética que tinha o poder de enfeitiçar os inimigos e leva-los a loucura ao ponto de cometerem o suicídio.


Badh vinha com suas irmãs para animar os combatentes dos quais estavam ao seu lado na batalha para assim inspira-los a ficarem cada vez mais ferozes, afastando o medo da morte do coração e o receio da derrota. Era individualmente a irmã mais próxima no contato com Morrigan, atuando como sua conselheira e confidente.


Certa vez, Cúchulain foi acordado por um forte grito vindo do Norte (que na lenda celta, é o Reino da Justiça e Morte). Ordenou, então, ao seu cocheiro que ele preparasse a carruagem para que fossem atrás da origem do estranho grito.


Durante a viagem pelo Norte, encontraram uma mulher vindo em direção a eles: ela usava um longo vestido e manto vermelho, tinha cabelos ruivos e carregava uma lança longa e cinza. Saudando-a, Cúchulainn perguntou quem era ela. A mulher respondeu-lhe que era filha de um rei chamado Buan (o Eterno), e que tinha caído de amor por ele depois de ouvir sobre seus feitos.


Cúchulainn não reconheceu que a mulher era uma encarnação da Deusa Morrigan, e bruscamente respondeu-lhe que tinha coisas melhores a fazer, do que preocupar-se com o amor de uma mulher. Morrigan disse-lhe que ela havia ajudado em seus combates, e que iria continuar a ajudá-lo em troca de seu amor. Arrogantemente, Cúchulainn recusou, dizendo que não precisava da ajuda de nenhuma mulher em uma batalha.


Morrigan enfureceu: "Se você não quer o meu amor e ajuda, então você terá meu ódio e inimizade. Quando você estiver em combate com um inimigo tão bom como a ti mesmo, irei contra você em várias formas e te impedirei, até que seu oponente tenha a vantagem."


O herói desembainhou a espada para atacar a mulher, mas assim que iria ameaçá-la, viu um corvo sentado no galho de uma árvore. O corvo era o pássaro totem da deusa e Cúchulainn finalmente percebeu que ele havia rejeitado a ajuda da Morrigan, a temível.


No dia seguinte, Cúchulainn desafiou um grande guerreiro chamado Loch. Este zombou de Cúchulainn e se recusou a lutar. Mas, o herói o provocou e o combate iniciou-se e a deusa iria interferir. Morrigan veio contra ele três vezes. A primeira foi na forma de uma novilha vermelha que tentou bater-lhe; a segunda foi na forma de uma enguia, que envolveu-se em suas pernas enquanto ele estava na água, e; pela terceira vez, ela veio de encontro a ele como um lobo cinzento que agarrou o braço da espada.


Apesar das vantagens ganhas pelo seu adversário, Cúchulainn conseguiu acertar a deusa: quebrou a perna da novilha, pisoteou a enguia e espetou um olho do lobo. Apesar das desvantagens em relação à Loch, Cúchulainn conseguiu, finalmente, matá-lo como sua lança mágica.


Depois que o confronto terminou, Morrigan apareceu-lhe novamente, mas desta vez, sob a forma de uma velha que ordenhava uma vaca de três tetas. Cúchulainn pediu-lhe um copo de leite, então, ela deu-lhe a bebida da primeira teta, mas não foi o suficiente para saciar sua sede; deu-lhe então mais leite, só que da segunda teta, e o efeito ainda fora o mesmo; finalmente, a partir da terceira teta da vaca, a bebida pôde saciar a sede do herói. Grato, ele perguntou como poderia recompensá-la, e ela pediu para que a curasse dos ferimentos que ele a tinha causado enquanto estava sob os disfarces - apenas Cúchulainn podia curar as feridas, e gentilmente o fez.


Morrigan apareceu para ele mais outras vezes, e por último em sua morte na Batalha de Muirthemn, como um corvo que pousou em seu ombro.


Quando Lugo (Lugh) pergunta para Morrigan qual seria a sua contribuição para derrotar os exércitos dos Fomore (dentro da segunda grande batalha de Mag-Tured) ela responde: "Não te preocupes: tudo o que eu quiser alcançarei, graças ao poder dos meus feitiços. A minha arte aterrorizará de tal modo os Fomore que a planta dos seus pés ficará branca, e os seus maiores campeões terão uns a seguir aos outros devido à retenção da urina. Quanto aos outros guerreiros, fá-los-ei ter tanta sede que ficarão enfraquecidos, e farei com que todas as fontes fujam deles de modo a não poderem matar a sede. E enfeitiçarei as árvores, as pedras e as elevações de terra de tal modo que, confundindo-as com contingentes de homens armados, os inimigos nelas se perderão cheios de terror e de pânico".

Lugh:




Enquanto temos Lúcifer associado a um astro extremamente feminino, Vênus, temos Morrigan associada com um astro extremamente masculino, Marte.


Uma certa vez a Grande Rainha em olhos marejados e voz embargada anunciou que teve uma visão sobre o que reservava o futuro para os Tuatha Dé Danann.


Na profecia Morrigan via o fim iminente da Era Divina dos Tuatha Dé Danann e o início de um tempo de miséria sem fim com mulheres sem pudor, homens sem força, velhos sem a sabedoria da idade e jovens sem respeito pelas tradições.


Uma era de injustiça, líderes cruéis, traição e sem nenhuma virtude! Um tempo onde haveria árvores sem frutos e mares sem peixes onde a Mãe Natureza só ofertaria um maná de veneno como alimento aos seres vivos! Esta era a chegada da Era dos Homens, do nosso mundo.


Morrigan também é uma Deusa fada. Fadas da morte, do inverno, da putrefação e do lodo.


Contudo, nos escritos existentes atualmente sobre o Ciclo Mitológico Celta, Morrigan em momento algum recebe a alcunha de “Deusa” mas é considerada uma divindade na Irlanda.


Meu Poema:




“Morrigan, que meus olhos sejam os olhos de seus corvos
Que minha coragem seja a sua coragem
Que minhas armas sejam as suas armas
De noite e de dia praguejam e planejam contra mim
Mas teus corvos me mostraram
O que ocorre no campo de batalha
Deusa fada da morte, da vida, do sexo e da fúria
A morte não deve assombrar os guerreiros
O que deve assombrar os guerreiros
É a covardia e a desonra
Abra suas asas sobre mim
E que eu seja digno de sua proteção”

Autor: Eosphorus Pluto Eleutherios


O Esmeralda Estrela Celta:


Esse rito é oriundo do “The Irish Order of Thelema” Inspirado no Rubi Estrela e no Ritual Menor do Pentagrama.


Ritual Menor do Pentagrama:


Ritual Rubi Estrela:


Rito:


1- De frente para o leste, trace um círculo acima da cabeça e diga:

“Acima o esplendor de Nuits – uma estrela encima da coroa.”


2- Aponte para os pés e diga:

“Abaixo dois pés firmados no chão sagrado da Irlanda.” (Substitua por seu país).


3- Toque o coração e diga:

“Com um sol que brilha queimando, em chamas com meu testemunho.”


4- Toque o ombro direito, o ombro esquerdo, junte as mãos como em oração e diga:

“Com majestade e dever, deixe-me tornar-me uma máquina de guerra!”


Imagine um pentagrama de esmeralda incandescente em sua testa, projete o pentagrama para frente usando o sinal de inserção.

Sinal de Inserção:



Diga Lugh e faça o sinal do silêncio.

Sinal do silêncio:



Vire-se para o norte e faça o mesmo processo, porém diga Morrigan!


Faça o mesmo no oeste e diga Dagda!


Faça o mesmo no sul e diga Bridget!


Vá ao centro do círculo olhando para o leste, abra os braços em forma de cruz e diga:


Ante mim Semias, guardião brilhante da luz, ilumine os poderes do leste – percepção e premonição.


Atrás de mim Uiscias, que mantém as águas livres, derrame os poderes do oeste, marés puras que fluem em mim.


Na minha direita Esras, Guardião do caminho, incendei os poderes do sul, indomáveis através do dia e da noite.


Na minha esquerda Morfessa, Sabedoria oculta maior guia, cresça os poderes do norte, Terra Escura com vida dentro.


Assuma a figura da estrela:



Sobre mim brilha a estrela esmeralda – com a sagrada esfera.


Sobre esses poderes que eu juro.


Coragem que conquista o medo!


Repita os passos 1 à 4:


1- De frente para o leste, trace um círculo acima da cabeça e diga:

“Acima o esplendor de Nuits – uma estrela encima da coroa.”


2- Aponte para os pés e diga:

“Abaixo dois pés firmados no chão sagrado da Irlanda.” (Substitua por seu país).


3- Toque o coração e diga:

“Com um sol que brilha queimando, em chamas com meu testemunho.”


4- Toque o ombro direito, o ombro esquerdo, junte as mãos como em oração e diga:

“Com majestade e dever, deixe-me tornar-me uma máquina de guerra!”





2 comentários:

  1. Muito legal seu blog!
    Adorei seu post e, recentemente fiz umsobre Morrigan também. Ficaria muito feliz se você pudesse ler e dizer o que acha ;)
    http://wp.me/p18BuC-fU

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    1. Obrigado, Seren. Gostei muito do seu material e estética do seu blog. Abençoado sejas!

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