Morrigan
ou Morigu
Patrona das sacerdotisas e
bruxas. Deusa celta da guerra, seu nome significa “Grande Rainha”. As três
irmãs formam a triplicidade celta da guerra, Morrigan, Macha, Badb, conhecidas
como Morrighans ou Fúrias.
Geralmente sendo retratada
alta, magra, cabelos negros e longos que servem de capa, olhos negros, pele
branca e músculos bem delineados. Assume a forma de um corvo também. Assim como
lobo e anciã.
Deusa da Morte, Amor e
Guerra. Deusa invocada antes das batalhas e Deusa do destino. Os guerreiros
celtas ao sentir sua presença davam o máximo de si, pois depreciavam a morte.
Para os celtas a morte não era algo a se temer.
Na batalha seu grito
equivalia a dez mil homens, carregava duas lanças de pura prata nas mãos.
Durante a Primeira Batalha
de Moytura, Morríghan, Macha e Badb, "As filhas de Ernmas", atacam os
Fir Bolg com banhos de magia e nuvens tempestuosas e névoa, e poderosas chuvas
de fogo, e uma jato de sangue derramado do ar sobre as cabeças dos guerreiros inimigos.
Ao assistir a fúria com que a guerra era travada, o bardo dos Fir Bolg diz que
Badb, que significa corvo "ficará grata" pelos "corpos
perfurados" deixados no campo de batalha. Na véspera da Segunda Batalha de
Moytura, também o rei líder dos Tuatha De Danann, Dagda, encontra Morrigan no
vau do rio Unshin, lavando as armas ensanguentadas e os cadáveres dos que
viriam a tombar no dia seguinte.
A Deusa então dá a Dagda
informações sobre o combate, revelando seus dons proféticos. Igualmente, dá
provas de coragem e poder quando afirma que ela mesma arrancará o coração do
seu inimigo. Em pagamento, Dagda sacia seu apetite sexual, unindo-se a ela ali
mesmo, em meio aos cadáveres que morreram.
A união entre uma deusa
"sombria" com Dagda, deus que traz vida e fartura, é a perfeita
imagem do equilíbrio - especialmente por ocorrer no entremeio de água e terra
(o vau), dia e noite (crepúsculo), ano velho e novo (Samhain). Nesse momento,
Morrigan representa a Soberania da terra, e Dagda o legítimo líder que a
desposa. Dessa união surge a vitória dos Tuatha Dé Danann.
Dagda:
Morrigan tinha o poder de
cegar os inimigos ao lançar uma névoa densa no campo de batalha. Ela é também conhecedora
das ervas que curam e matam.
As irmãs de Morrigan:
Fea (a Odiosa), Nemon (a Venenosa), Badh (a Fúria) e Macha.
Nemon e Fea eram ambas
esposas de Nuada da Mão de Prata, um dos reis dos Tuatha Dé Danann (Povo da
Deusa Danu) que em combate com Sreng dos Fir Bolgs (antigos habitantes da Irlanda
e tribo aliada dos Fomorianos) teve a mão decepada e depois substituída por uma
mão de prata feita através das incríveis habilidades de Diancecht (Deus gaélico
da medicina) até ser restituída por Miach e Airmid (filhos de Diancecht).
Macha regia os pilares nos
quais eram empaladas as cabeças dos guerreiros mortos em combate para qual eram
feitos pelos celtas o culto da cabeça na ideia de ser assim capaz de capturar o
espírito dos inimigos. Macha vivia a cantar nos campos de batalha, com uma voz
bela e magnética que tinha o poder de enfeitiçar os inimigos e leva-los a
loucura ao ponto de cometerem o suicídio.
Badh vinha com suas irmãs
para animar os combatentes dos quais estavam ao seu lado na batalha para assim
inspira-los a ficarem cada vez mais ferozes, afastando o medo da morte do
coração e o receio da derrota. Era individualmente a irmã mais próxima no
contato com Morrigan, atuando como sua conselheira e confidente.
Certa vez, Cúchulain foi acordado
por um forte grito vindo do Norte (que na lenda celta, é o Reino da Justiça e
Morte). Ordenou, então, ao seu cocheiro que ele preparasse a carruagem para que
fossem atrás da origem do estranho grito.
Durante a viagem pelo Norte,
encontraram uma mulher vindo em direção a eles: ela usava um longo vestido e
manto vermelho, tinha cabelos ruivos e carregava uma lança longa e cinza.
Saudando-a, Cúchulainn perguntou quem era ela. A mulher respondeu-lhe que era
filha de um rei chamado Buan (o Eterno), e que tinha caído de amor por ele
depois de ouvir sobre seus feitos.
Cúchulainn não reconheceu
que a mulher era uma encarnação da Deusa Morrigan, e bruscamente respondeu-lhe
que tinha coisas melhores a fazer, do que preocupar-se com o amor de uma
mulher. Morrigan disse-lhe que ela havia ajudado em seus combates, e que iria
continuar a ajudá-lo em troca de seu amor. Arrogantemente, Cúchulainn recusou,
dizendo que não precisava da ajuda de nenhuma mulher em uma batalha.
Morrigan enfureceu: "Se
você não quer o meu amor e ajuda, então você terá meu ódio e inimizade. Quando
você estiver em combate com um inimigo tão bom como a ti mesmo, irei contra você
em várias formas e te impedirei, até que seu oponente tenha a vantagem."
O herói desembainhou a
espada para atacar a mulher, mas assim que iria ameaçá-la, viu um corvo sentado
no galho de uma árvore. O corvo era o pássaro totem da deusa e Cúchulainn
finalmente percebeu que ele havia rejeitado a ajuda da Morrigan, a temível.
No dia seguinte, Cúchulainn
desafiou um grande guerreiro chamado Loch. Este zombou de Cúchulainn e se
recusou a lutar. Mas, o herói o provocou e o combate iniciou-se e a deusa iria
interferir. Morrigan veio contra ele três vezes. A primeira foi na forma de uma
novilha vermelha que tentou bater-lhe; a segunda foi na forma de uma enguia,
que envolveu-se em suas pernas enquanto ele estava na água, e; pela terceira
vez, ela veio de encontro a ele como um lobo cinzento que agarrou o braço da
espada.
Apesar das vantagens ganhas
pelo seu adversário, Cúchulainn conseguiu acertar a deusa: quebrou a perna da
novilha, pisoteou a enguia e espetou um olho do lobo. Apesar das desvantagens
em relação à Loch, Cúchulainn conseguiu, finalmente, matá-lo como sua lança
mágica.
Depois que o confronto
terminou, Morrigan apareceu-lhe novamente, mas desta vez, sob a forma de uma
velha que ordenhava uma vaca de três tetas. Cúchulainn pediu-lhe um copo de
leite, então, ela deu-lhe a bebida da primeira teta, mas não foi o suficiente
para saciar sua sede; deu-lhe então mais leite, só que da segunda teta, e o
efeito ainda fora o mesmo; finalmente, a partir da terceira teta da vaca, a
bebida pôde saciar a sede do herói. Grato, ele perguntou como poderia
recompensá-la, e ela pediu para que a curasse dos ferimentos que ele a tinha
causado enquanto estava sob os disfarces - apenas Cúchulainn podia curar as
feridas, e gentilmente o fez.
Morrigan apareceu para ele
mais outras vezes, e por último em sua morte na Batalha de Muirthemn, como um
corvo que pousou em seu ombro.
Quando Lugo (Lugh) pergunta
para Morrigan qual seria a sua contribuição para derrotar os exércitos dos
Fomore (dentro da segunda grande batalha de Mag-Tured) ela responde: "Não
te preocupes: tudo o que eu quiser alcançarei, graças ao poder dos meus
feitiços. A minha arte aterrorizará de tal modo os Fomore que a planta dos seus
pés ficará branca, e os seus maiores campeões terão uns a seguir aos outros
devido à retenção da urina. Quanto aos outros guerreiros, fá-los-ei ter tanta
sede que ficarão enfraquecidos, e farei com que todas as fontes fujam deles de
modo a não poderem matar a sede. E enfeitiçarei as árvores, as pedras e as
elevações de terra de tal modo que, confundindo-as com contingentes de homens
armados, os inimigos nelas se perderão cheios de terror e de pânico".
Lugh:
Lugh:
Enquanto temos Lúcifer
associado a um astro extremamente feminino, Vênus, temos Morrigan associada com
um astro extremamente masculino, Marte.
Uma certa vez a Grande
Rainha em olhos marejados e voz embargada anunciou que teve uma visão sobre o
que reservava o futuro para os Tuatha Dé Danann.
Na profecia Morrigan via o
fim iminente da Era Divina dos Tuatha Dé Danann e o início de um tempo de
miséria sem fim com mulheres sem pudor, homens sem força, velhos sem a
sabedoria da idade e jovens sem respeito pelas tradições.
Uma era de injustiça,
líderes cruéis, traição e sem nenhuma virtude! Um tempo onde haveria árvores
sem frutos e mares sem peixes onde a Mãe Natureza só ofertaria um maná de
veneno como alimento aos seres vivos! Esta era a chegada da Era dos Homens, do
nosso mundo.
Morrigan também é uma Deusa
fada. Fadas da morte, do inverno, da putrefação e do lodo.
Contudo, nos escritos
existentes atualmente sobre o Ciclo Mitológico Celta, Morrigan em momento algum
recebe a alcunha de “Deusa” mas é considerada uma divindade na Irlanda.
Meu
Poema:
Que minha coragem seja a sua
coragem
Que minhas armas sejam as
suas armas
De noite e de dia praguejam
e planejam contra mim
Mas teus corvos me mostraram
O que ocorre no campo de
batalha
Deusa fada da morte, da
vida, do sexo e da fúria
A morte não deve assombrar
os guerreiros
O que deve assombrar os
guerreiros
É a covardia e a desonra
Abra suas asas sobre mim
E que eu seja digno de sua
proteção”
Autor: Eosphorus Pluto
Eleutherios
O
Esmeralda Estrela Celta:
Esse rito é oriundo do “The
Irish Order of Thelema” Inspirado no Rubi Estrela e no Ritual Menor do
Pentagrama.
Ritual Menor do Pentagrama:
Ritual Rubi Estrela:
Rito:
1- De frente para o leste,
trace um círculo acima da cabeça e diga:
“Acima o esplendor de Nuits – uma estrela encima da coroa.”
2- Aponte para os pés e
diga:
“Abaixo dois pés firmados no chão sagrado da Irlanda.” (Substitua por seu país).
3- Toque o coração e diga:
“Com um sol que brilha queimando, em chamas com meu testemunho.”
4- Toque o ombro direito, o
ombro esquerdo, junte as mãos como em oração e diga:
“Com majestade e dever, deixe-me tornar-me uma máquina de guerra!”
Imagine um pentagrama de
esmeralda incandescente em sua testa, projete o pentagrama para frente usando o
sinal de inserção.
Sinal de Inserção:
Diga Lugh e faça o sinal do
silêncio.
Sinal do silêncio:
Vire-se para o norte e faça
o mesmo processo, porém diga Morrigan!
Faça o mesmo no oeste e diga
Dagda!
Faça o mesmo no sul e diga
Bridget!
Vá ao centro do círculo
olhando para o leste, abra os braços em forma de cruz e diga:
Ante mim Semias, guardião
brilhante da luz, ilumine os poderes do leste – percepção e premonição.
Atrás de mim Uiscias, que
mantém as águas livres, derrame os poderes do oeste, marés puras que fluem em
mim.
Na minha direita Esras,
Guardião do caminho, incendei os poderes do sul, indomáveis através do dia e da
noite.
Na minha esquerda Morfessa,
Sabedoria oculta maior guia, cresça os poderes do norte, Terra Escura com vida
dentro.
Assuma a figura da estrela:
Sobre mim brilha a estrela
esmeralda – com a sagrada esfera.
Sobre esses poderes que eu juro.
Coragem que conquista o
medo!
Repita os passos 1 à 4:
“Acima o esplendor de Nuits – uma estrela encima da coroa.”
“Abaixo dois pés firmados no chão sagrado da Irlanda.” (Substitua por seu país).
“Com um sol que brilha queimando, em chamas com meu testemunho.”
“Com majestade e dever, deixe-me tornar-me uma máquina de guerra!”
1- De frente para o leste, trace um círculo acima da cabeça e diga:
“Acima o esplendor de Nuits – uma estrela encima da coroa.”
2- Aponte para os pés e diga:
“Abaixo dois pés firmados no chão sagrado da Irlanda.” (Substitua por seu país).
3- Toque o coração e diga:
“Com um sol que brilha queimando, em chamas com meu testemunho.”
4- Toque o ombro direito, o ombro esquerdo, junte as mãos como em oração e diga:
“Com majestade e dever, deixe-me tornar-me uma máquina de guerra!”
Muito legal seu blog!
ResponderExcluirAdorei seu post e, recentemente fiz umsobre Morrigan também. Ficaria muito feliz se você pudesse ler e dizer o que acha ;)
http://wp.me/p18BuC-fU
Obrigado, Seren. Gostei muito do seu material e estética do seu blog. Abençoado sejas!
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