RAÍZES HISTÓRICAS DE LÚCIFER
O Sol representa Deus que é guardado pelo astro mais próximo, Mercúrio. Ora, Mercúrio por estar tão próximo do Sol tem seu brilho ofuscado. Montando guarda em frente a Deus (Sol), Mercúrio seria nesse drama cosmológico o próprio Arcanjo Miguel.
O astro após Mercúrio é Vênus. Vênus é o astro mais
brilhante no
céu depois do Sol e da Lua, no amanhecer e entardecer
respectivamente. Vênus em seu esplendor luminoso condiz com o Arcanjo portador
da Luz, Lúcifer. Vênus (Lúcifer) traz o a Luz do Sol na Alvorada e a Luz da Lua
pela noite.
Lúcifer não consegue usurpar o lugar de Deus (Sol) e caí
do céu com um terço das estrelas do céu (Anjos). Obviamente isso não é literal,
mas simbólico. Como o lugar de Vênus fica vago os vencedores pegam para si os
espólios da guerra.
"E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos
batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos."
(Apocalipse 12:7)
O espólio da guerra, Vênus, é ocupado pelo Arcanjo Haniel
ou pelo seu conquistador Miguel. Isso varia dependendo do sistema de Magia.
Durante o Ritual Menor do Pentagrama, o lugar ocupado
pelo Arcanjo Miguel é a esfera que corresponde a Vênus, Netzach. Ora, por que
Miguel se encontra nessa posição? Justamente porque pegou para si os espólios
da guerra, o lugar anteriormente ocupado por Lúcifer.
Lúcifer, portanto, é o positivo de Vênus (amor,
vitalidade, paixão, carisma, beleza...) e é o negativo do Sol (arrogância,
orgulho, megalomania...).
Ao astro Vênus na antiguidade atribuíram dois Deuses,
além das Deusas Afrodite grega; Vênus romana; Ishtar babilônia... Eóphorus a
estrela matutina (Estrela da Manhã, Estrela D'Alva) e Véspero a estrela
vespertina. Por quê? Porque Vênus se aponta no céu tanto no amanhecer, trazendo
o carro do Sol, quanto no entardecer, trazendo o carro da Lua. Os antigos viam
nisso dois astros distintos e portanto dois Deuses. Sendo que hoje sabemos que
se trata do mesmo astro Vênus, um planeta e não uma estrela. Essa órbita
errante de Vênus condiz muito com o caráter revolucionário de Lúcifer.
Como Lúcifer não conseguiu usurpar o lugar de Deus (O
Sol), coube a ele a sombra de Deus, O Sol Negro. Sendo portanto, o positivo de
Vênus e o Negativo do Sol, o Sol Negro, a sombra de Deus.
Antes de começar a ser chamada de Vênus, era conhecida na
teogonia pré-hesiodiana como Eósforo (ou Fósforo) e Héspero, a filha da Aurora
e do Crepúsculo. Em Hesíodo, além disso, o planeta é decomposto em dois seres
divinos, dois irmãos -- Eósforo (Lúcifer dos latinos) a manhã, e Héspero, a
estrela vespertina. São filhos de Astreu e Eos, o céu estrelado e a aurora, e
também de Céfalo e Eos (Teog: 381, Hyg. Poet. Astron. 11, 42).
E, invocando a autoridade de Hesíodo, também transforma
Faetonte em filho das duas últimas divindades -- Céfalo e Eos. Ora Faetonte ou
Fósforo, a "orbe luminosa da manhã", é levado à força na juventude
por Afrodite (Vênus) que faz dele o guardião noturno de seu santuário (Teog:
987991).
Os três heróis principais da grande catástrofe sideral
mencionada em Apocalipse são, segundo testemunho dos padres da Igreja --
"O Verbo (Jesus), Lúcifer seu usurpador e o Arcanjo que o conquistou,
Miguel", cujos "palácios" (as "casas" como as
denominam a astrologia) são o Sol, Vênus-Lúcifer e Mercúrio (Miguel). Isso é
bastante evidente, uma vez que a posição destas orbes no sistema Solar
corresponde em sua ordem hierárquica a dos "heróis" no Capítulo XII
do Apocalipse "seus nomes e destinos sendo intimamente relacionados no
sistema teológico (exotérico) com estes três grandes nomes metafísicos".
Vênus é chamada de a Senhora (A Senhora de Paphos, porque
a velha Paphos, na costa oeste de Chipre, era a sede do culto de Afrodite, que
logo após nascer teria sido levada até lá pelas ondas. (Ver Lucano, Pharsalia,
8, c. linha 457.) Afrodite é conhecida mitologicamente como A Nascida Do Mar. E
que mar é este? O Mar Mediterrâneo, local da ilha de Chipre, lar do templo mais
antigo dedicado à Afrodite. A romã que segundo os poetas foi semeada pela
primeira vez por Vênus, no Chipre. Também a rosa de Lúcifer era a ela dedicada,
bem como a murta de Véspero.
Vênus também é chamada de Lucífera, portadora da luz, que
dá luz aos anos do Sol; e de Hesperus, quando segue o Sol, e de Phosperus,
porque é a líder de todas as coisas, embora não tirânica.
Quanto aos gregos, suas opiniões são óbvias e bem
conhecidas de todos; atribuem boa parte do mundo como pertencente a Júpiter
Olímpio, enquanto a fabulosa Harmonia teria sido gerada por Vênus e Marte, um
duro e belicoso, e o outro doce e generativo.
O asbestos de Arcádia, uma vez inflamado, nunca se
extinguirá! (Agostinho, Cidade de Deus 21.5, traduzido para o inglês por John
Healey [1610] [London: J. M. Dent and Sons, 1957], 2:324). Se tais informações
forem críveis, então acredite também, se puder (pois um homem já o relatou),
que havia um templo de Vênus em que ardia uma lâmpada que nenhum vento ou água
era capaz de apagar, sendo por isso chamada de a lâmpada inextinguível. (Ibid.,
6.325).
Os assírios foram os primeiros a introduzir o culto a
Vênus; a eles se seguiram os adoradores de Páfia, no Chipre, os fenícios e os
habitantes de Citera, que (segundo Egeu) foram seguidos pelos atenienses.
Entre os lacedemônios, Vênus Armatha (Armata significa
“abastecida com armas”. Pausânias menciona um templo de Vênus Armada em
Lacônia: ―Não muito longe daqui, você verá uma colina não muito alta, na qual
há um antigo templo e uma estátua armada para o culto de Afrodite (Cuide to
Greece 3.15.10 [Levi, 2:53]). Não é de se admirar que os belicosos espartanos
adorassem uma Vênus guerreira.
Em Delfos, Vênus Epitybia (Afrodite Epitymbia (Afrodite da
Tumba), equivalente a Vênus Libitina (libitinarii: coveiros), uma Deusa dos
mortos. Plutarco menciona uma estátua de Afrodite Epitymbia em Delfos para a
qual os espíritos dos mortos eram invocados (Roman Questions 23). Ele explica a
aparente incongruência da Deusa do amor na condição de Deusa da tumba dizendo
que a única e mesma divindade governa tanto o nascimento quanto a morte, e que
a Deusa mostra a verdade de que a morte não deve ser temida, mas sim desejada -
um sentimento compatível com a paixão romana pelo suicídio.
Outros epítetos igualmente improváveis para Afrodite são
Cavadora de Covas, Deusa das Profundezas e a Deusa Sombria.
Ela também era adorada pelos coanos; e, em Amathus, uma
ilha do Mar Egeu e, em Mênfis, uma cidade do Egito; em Gnido (A mais famosa
estátua de Afrodite no mundo antigo ficava em um templo em Gnidus [Cnido}). Era
uma obra de Praxíteles, sendo depois imitada nas moedas da cidade e muito
copiada. Há uma reprodução no Vaticano.
Era cultuada na Sicília, e no Bosque de Idálio, além da
cidade de Hipepa, e em Erice uma montanha da Sicília; também na Caledônia,
Cirene e Samos; e não há registro (segundo o testemunho de Aristóteles) de
nenhum culto dos antigos Deuses com cerimônias grandiosas em mais lugares.
O Sol é chamado de Febo, Diespiter, Apolo, Titã, Peã,
Phanes, Hórus, Osíris, como no oráculo (citado por Eusébio em Praeparatio
evangelica.) :
“O Sol, Osíris, alegre Dioniso
Apolo, Hórus, rei que governa o dia
Que altera os tempos, que traz vento e chuva,
O rei dos astros e a chama imortal.”
Ele é chamado ainda de Arcitenes, ardente, incandescente,
dourado, em chamas, radiante, de cabelos em chamas, de cabelos dourados, olho
do mundo, Lúcifer, o que tudo vê, o que tudo governa, o criador da luz, o rei
dos astros.
Os atenienses o chamavam de Alexicacon e Homero de Vlion,
isto é, o que afasta as coisas malignas. Também é chamado de Febo por causa de
sua beleza e brilho; e de Vulcano por sua violência incandescente, pois sua
força consiste em muitos fogos. E é chamado de Sol, porque contém a luz de
todas as estrelas; e por isso os assírios o chamavam de Hadade, que significa
único; e os hebreus de Schemesch, que significa o próprio.
Acitas e a Trácia, adoravam o Sol. Os citas adoravam um
único Deus, sacrificando a ele um cavalo; o mesmo faziam os heliopolenses e
assírios. Os que adoravam o Sol com diferentes nomes: Delfos, Rhodes, os
hiperbóreos e os milésios; e os montes Parnasso, Phaselus, Cynthus, Soracte
eram consagrados a Apolo - Deus Sol. Também as ilhas de Delos, Claros, Tenedos
e Mallois, um lugar na Ilha de Lesbos, e o Bosque de Grineia, além das cidades
de Patara, Crisa, Tarapnas, Cirra, Delfos, Arrefina, Entrosi, Tegira; também
Tebas, a Ilha de Naxos, Nise, uma cidade da Arábia, Callichoros, um rio da
Paflagônia eram a ele consagrados sob o nome de Baco e Dioniso; também os
montes Parnasso e Cítero da Boécia, onde se realizavam a cada dois anos os
Bacanais; e os tamaritanos, povo vizinho dos hircanians adoravam Baco com
cerimônias próprias.
A Luz de Lúcifer como símbolo da inteligência e razão,
vemos na figura de Prometeu que rouba o fogo dos Deuses e entrega aos homens.
Aquele que traz a luz, ilumina e traz razão à humanidade, e é punido por isso.
Como Lúcifer cristão é punido por nos iluminar.
A beleza (estética) é uma matéria muito estudada e
discutida na filosofia. Nosso apreço pela beleza é nosso apreço pela perfeição
e nosso desejo de alcançar Deus. Pandora a primeira mulher, a mais bela,
representa bem esse drama luciferiano, pois a ela é atribuída também os males
do mundo.
Já o heroísmo atributo de Hércules, um semideus, faz com
que Hércules após seus 12 trabalhos ascenda ao céu (Olimpo) e se torne de fato
um Deus. No mito luciferiano vemos aquele que quer ser Deus, Lúcifer.
"Como caíste desde o céu, ó Lúcifer, filho da alva!
Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações!
E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das
estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me
assentarei, aos lados do norte.
Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante
ao Altíssimo.
E contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do
abismo."
(Isaías 14:12-15)
Dizem que essa passagem acima é atribuída a
Nabucodonosor, imperador da Babilônia na época em que os hebreus eram cativos
na mesma Babilônia.
"Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te
estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas
andavas.
Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste
criado, até que se achou iniqüidade em ti."
(Ezequiel 28:14-15)
O interessante também de se apontar é que Jesus se
intitula A Estrela D’Alva, A Estrela Da Manhã, Vênus, no apocalipse de João:
"Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar
estas coisas nas igrejas. Eu sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente
estrela da manhã."
(Apocalipse 22:16)
"Então o Senhor disse a Satanás: Donde vens? E
Satanás respondeu ao Senhor, e disse: De rodear a terra, e passear por
ela."
(Jó 1:7)
O Diabo não foi dotado de cornos senão no quarto século
da era cristã. É uma invenção puramente patrística que surgiu de seu desejo de
relacionar o Deus Pã e os Pagãos Fauno e Sátiro à sua lenda Satânica. Os
demônios do Paganismo não tinham cornos e eram tão destituídos de cauda quanto
o Arcanjo Miguel na imaginação de seus adoradores. Os "cornos" eram
no simbolismo Pagão um emblema do poder divino, da criação e da fertilidade na
natureza.
Daí os cornos da cabra de Amon, de Baco e de Moisés nas
medalhas antigas, e os cornos da vaca de Ísis e Diana etc., etc., e do Senhor
Deus dos Profetas de Israel. Pois Habacuque fornece provas de que este
simbolismo era aceito pelo "povo escolhido" e pelos gentios. No capítulo
III este profeta fala do "Santo do monte Parã, do Senhor Deus que
"vem de Temã e cujo resplendor é como a luz", e que tinha
"cornos saindo de suas mãos".
O Sol morre quando no solstício de inverno no hemisfério
norte, Yule. Em altas latitudes, o Sol desaparece do céu por 3 dias. Mesmo
tempo que Jesus fica no Inferno antes de ressuscitar. O solstício de inferno no
hemisfério norte marca a entrada do Sol no signo de Capricórnio.
Ora, capricórnio com sua forma de bode (Diabo) é regido
por Saturno (Satã, o astro maléfico). Quem poderia matar o Sol (Deus) se não
fosse o Diabo e Satã? Mas o Sol renasce todo ano. Assim, o apocalipse ocorre
todo ano e retrata um evento astrológico – astronômico. O sol que sempre
renasce era conhecido pelos romanos como Sol Invictus.
"Tu viste o que Azazyel (Lúcifer) tem feito, como
ele tem ensinado toda espécie de iniquidade sobre a terra, e tem aberto ao
mundo todas as coisas secretas que são feitas nos céus?"
(Enoque 9:5)
"Novamente o transportou o Diabo a um monte muito alto;
e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles.
E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me
adorares."
(Mateus 4: 8-9)
CONJURO et confirmo super vos, Angelis fortes et boni, in
nómine Adonay, Adonay, Adonay, Eye, Eye, Eye, Cados, Cados, Cados, Achim,
Achim, Achim, La, La, fortis La, qui appauit in monte Sinai, cum glorificatione
Regis Adonay, Saday, Sabaoth, Amatay, Ya, Ya, Ya. Marinata, Abim leia, qui
María creavit, stagna et omnes aquas in secundo die, quasdam super coelos, et
quasdam in terra. Sigillavit mare in alto nomine suo, et terminum, quem sibi
posuit, non praeteribit; et per nomina angelorum, qui dominantur in primo
exercitu; qui serviunt Orphaniel angelo magno, pretioso et honorato; et per
nomen stella, qua est in luna et per nomina praedicta super, te conjuro
scilicet, Gabriel, qui est praepositus diei Lunae secundo, quod pro me labores
et adimpleas omnem meam patitionem, justa meum velle et votum meum, in negotio
et causa mea. Amén.
"Por isso alegrai-vos, ó céus, e vós que neles
habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e
tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo."
(Apocalipse 12:12)
Autor:
Yuri Karklin - Nome civil
Eosphorus Pluto Eleutherios - Nome Mágicko
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Bruxaria Sem Dogmas
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